Editorial

Geração Gamer. Ano Um

Há um ano atrás, no dia 22 de outubro de 2014, era publicada a última coluna Geração Gamer no site TechTudo, da Globo.com. Foram mais de 80 textos semanais sobre a cena brasileira de jogos digitais publicadas no maior site tecnológico do Brasil. Um sucesso absoluto. O que eu deveria fazer depois de sair de lá?

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Meu amigo jornalista Renato Bazan me respondeu esta pergunta num telefonema: “Crie um site, não deixe o assunto morrer. Ao invés de fazer um copo de limonada, prepare uma jarra”. Foram exatamente estas as palavras.

Renato marcou um bar comigo, no famoso Domínio da Avenida Paulista, ao lado da estação Brigadeiro de metrô em São Paulo. Reunimos eu, ele, o também jornalista Leonardo Teixiera e o designer Rodrigo Sanches, do Bonus Stage, além de outros amigos. Entre cervejas e risadas, desenhamos Geração Gamer (G2) como um site independente da coluna.

O projeto G2 é antigo. Era para ter sido um Trabalho de Conclusão de Curso em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero em 2010 sobre Metal Gear Solid. Por falta de orientadores, o professor Luís Mauro Sá Martino nos recomendou a criação de um livro-reportagem sobre a história dos videogames no Brasil e no mundo. Eu acatei a sugestão e juntamos eu, Thiago Dias, Rodrigo Ribeiro e Alexandre Facciolla para fazer o trabalho impresso.

Foram mais de 150 pessoas entrevistadas e uma centena de depoimentos embaralhados passaram a contar a história completa no manuscrito.

O livro nunca foi publicado além da faculdade, mas ele plantou a semente para o surgimento da coluna no TechTudo. Com um foco totalmente novo: Apurar o boom no desenvolvimento de games brasileiro desde 2009.

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Jogos são feitos no Brasil desde 1981, mas acredito que este projeto teve sucesso quando embarcou na onda de crescimento de startups do setor em São Paulo e nos polos tecnológicos do nordeste e do sul do país.

Podemos medir o sucesso do Geração Gamer por seus milhares de acessos, além de uma fanpage que atinge duas mil pessoas no Facebook e uma comunidade ativa de 300 leitores e colaboradores que ajudam a dar gás ao projeto.

Nas palavras de concorrentes nossos: Viramos uma referência de mercado para quem quer entender o que Brasil faz no universo de games.

Mas há outros indícios de sucesso neste primeiro ano de existência.

Entrevistamos em primeira mão, na Campus Party 2015, o ministro da Cultura do governo Dilma Rousseff, Juca Ferreira, sobre o que ele conhece sobre videogames. Acompanhamos o começo do fenômeno feminista “Fight Like a Girl” encabeçado pela ilustradora de games Carolina Porfírio, que chegou até a ONU através de um desenho da ativista pacifista paquistanesa Malala Yousafzai, entre outras representações nos jogos eletrônicos. Conversamos com desenvolvedores, executivos e comunicadores que enxergam videogames como o futuro do Brasil.

Uma das histórias mais fascinantes que acompanhamos foi a de Ana Ribeiro, criadora do primeiro jogo nacional em realidade virtual, Pixel Ripped. Funcionária pública no Maranhão que vendia empadas, Ana abandonou tudo para fazer uma pós-graduação em jogos digitais. Lá, descobriu o Oculus Rift, fez o primeiro game para ele, conseguiu investimento e agora está finalizando o projeto nos Estados Unidos, dentro da sede do Facebook.

Também conversamos com grandes figuras da comunicação com videogames, incluindo Jovem Nerd, Irmãos Piologo, Flávia Gasi e até o compositor internacional de games Tommy Tallarico, que promove a Video Games Live no Brasil.

Demos entrevista ao jornal francês Le Monde sobre o game Toren, da gaúcha Swordtales, que foi o primeiro projeto bem-sucedido na Lei Rouanet. Também conversamos com a revista Superinteressante sobre a cena brasileira de games, além da Rádio Gazeta de São Paulo.

Fizemos pesquisas mensais para jogos de destaque com nossos leitores, além de uma edição anual e algumas enquetes por temas. Tivemos votações com mais de seis mil opiniões registradas.

Realizamos com parceria de mídia um evento também neste ano, o Cineplay, que ocorreu no bairro paulistano da Liberdade.

Nossas pautas também foram referência em diferentes sites e publicações, como INFO, Selecter, Startupi, Diário do Centro do Mundo (DCM) e revista Arkade.

Graças ao sucesso do Geração Gamer, também demos origem ao projeto Drops de Jogos, o braço de games parceiro do site Catraca Livre, iniciativa do jornalista Gilberto Dimenstein.

Queremos nos manter como o espaço número um da cena brasileira de jogos eletrônicos.

Agradeço, pelo trabalho neste ano um, aos jornalistas e comunicadores Renato Bazan, Leonardo Teixeira, Rodrigo Sanches, Kao Tokio, Paulo Zambarda de Araújo, Beatriz Blanco, Guilherme Andersen, Fabrício Vitorino, Diego Borges, Nick Ellis, Pedro Zambon, Gilson Schwartz, David de Oliveira Lemes, Pedro Falcão, Renato Degiovani, Arthur Protasio, Monique Alves, Daniela Rigon, Thiago Adamo e muitos outros.

O projeto também deve muito ao trabalho sempre atuante das assessorias FD Comunicação, Rosa Arrais, S2Publicom, Burson-Marsteller Brasil e outras entidades.

Às associações de jogos eletrônicos, incluindo ABRAGAMES, ACIGAMES, IGDA e ADJogosRS, nosso muito obrigado por excelentes eventos em Recife, Porto Alegre e outros locais que pudemos comparecer.

Somos gratos também às empresas brasileiras, incluindo Smyowl, Behold Studios, BitCake, Aquiris, Duaik, Flux, Aiyra, Kaipora, Swordtales, Rogue Snail, Loud Noises, JoyMasher e muitas que nem cabem só neste texto – e sempre nos respondem e sugerem pautas de fundamental importância.

Aos anunciantes e patrocinadores do G2, incluindo Games For Change, a desenvolvedora Insane e a loja Nuuvem, damos o também nosso muito obrigado. Também incluímos nos agradecimentos os nossos financiadores no Patreon.

Obrigado por este ano um. Que venham os próximos anos de jornalismo e produção de conteúdo do Geração Gamer.

Acompanhe Geração Gamer no Facebook e no Twitter.

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4 comentários sobre “Geração Gamer. Ano Um

  1. Pingback: Cinco novidades que mexeram com a cena brasileira de games – 23/10/2015 | Geração Gamer

  2. Pingback: Geração Gamer. Ano Dois | Geração Gamer

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