A jornalista, escritora e pesquisadora acadêmica da PUC-SP, Flávia Gasi, concedeu uma entrevista sobre a experiência gamificada RPG da Vida, criada para a ONG Instituto Educacional Pais e Filhos. O objetivo do game é arrecadar fundos para construir e manter um centro tecnológico para uma comunidade na zona leste de São Paulo. O jogo acaba no dia 22 de dezembro. Para entender melhor a proposta, confira a conversa entre Flávia e a reportagem do site Geração Gamer.
Oi, Flávia, tudo bem? Como foi teu envolvimento com este jogo da ONG Instituto Educacional Pais e Filhos?
Oi Pedro, obrigada pela entrevista. Eu, o Luiz Café, que é publicitário e ex-morador da comunidade, e o pessoal da Ni Game Content concebemos essa ação com toque de gamificação para tentar incluir o gamer em um projeto que, na verdade, tem muito a ver com o universo do online. O foco é unir os gamers pela possibilidade de inclusão digital. Tivemos muita ajuda para fazer o site interativo e para pensar em dinâmicas. A Ni Game Content tem um trabalho meu, do Della Corte, do Rômulo Mathei e do Quezada. Adoraríamos que fosse um game, mas ficamos sem tempo para concluí-lo desta forma. Talvez seja uma possibilidade para o ano que vem.
Você pessoalmente gosta de jogos voltados para ONGs e causas sociais?
Eu acho importantíssimo olhar para o jogo digital em todos os seus aspectos, e cheguei a lecionar como arte-educadora em uma ONG de São Paulo. Foi uma experiência que muda a vida de verdade. Acredito que nosso foco com este projeto é pensar como a comunidade gamer pode se unir para fazer algo bacana, que influencie positivamente na vida dos outros.
O jogo terá suas doações encerradas no dia 22, ou seja, daqui a pouco tempo. Você acredita que será um meio efetivo para arrecadar fundos?
Teremos uma semana de streams para ajudar a trazer atenção para a causa. Por exemplo, hoje eu, Pablo Raphael e a Luhzinha vamos conversar sobre narrativa nos games em um Twitch (às 20h). Outras ações serão postadas no site, além da nossa maratona de leilão de loot. Acho que o prazo é curto, sim, mas acredito que possamos realizar algo muito legal com pouco tempo.
Games podem ser uma forma interativa de crowdfunding?
Acho que a estrutura de ludologia do game extrapola somente o jogo digital, e pode servir de inspiração para muita coisa. Novas possibilidades com jogos digitais estão apenas sendo testadas. Acho que a pergunta certa para quem quer começar algo novo é: Por que não? Se não tiver um bom argumento para abandonar a ideia, vá em frente e faça algo em games.
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