Por Paulo Zambarda de Araújo*
Redimindo uma exposição controversa na edição de 2014, a BGS 2015, iniciada dia 8 de outubro e encerrada nesta segunda-feira, trouxe 22 estúdios indies para a maior feira da América Latina. Uma quantidade maior de empresas exibiram melhor o cenário de jogos brasileiro, mas infelizmente o pavilhão ficou isolado além da área de alimentação. Nossas companhias ficaram longe dos grandes expositores.
Se, por um lado, todos os estúdios estão fáceis de serem achados, por outro a distancia entre a entrada do evento e as estações de jogos indies – cerca de 15 minutos andando – fez com que os consumidores mais interessados nos grandes nomes sequer percebessem as demonstrações disponíveis. Os indies estavam do outro lado do pavilhão.
As demos disponíveis nos stands variaram em escopo e produção. De pequenos protótipos como Libertatem, uma narrativa elaborada e inspirada pelo hit Gone Home, de 2014 criado pelo DNAe Studios, até jogos com primor gráfico da última geração de consoles, com o épico nórdico Eternity: The Last Unicorn desenvolvido pelo Void Studios, a variabilidade da cena nacional ficou demonstrada para todos.
Um destaque na arena indie foi The Rothfather, da G2E (Grupo de Educação & Entretenimento), com quatro jogos analógicos disponíveis e dois deles disponíveis para o publico, além de acessórios decorativos, quadrinhos, uma animação e uma prova de conceito jogável. O estúdio formado por um pequeno núcleo de desenvolvedores e um grande número de colaboradores propõe estabelecer um produto transmídia marcante no cenário de desenvolvimento brasileiro.
O crescimento do Pavilhão Indie da Brasil Game Show é uma conquista dos pequenos grupos capazes de criarem títulos com grandes promessas. Falta, depois deste crescimento, um maior destaque a ser promovido pela própria BGS.
*Paulo é desenvolvedor de jogos, formado pela PUC-SP, e é professor de inglês.
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