No dia 6 de abril, uma segunda-feira, a revista Ovelha divulgou uma vaga para uma repórter de games que faça textos sob uma ótica feminista. O post no Facebook teve cerca de 1,5 mil compartilhamentos e foi muito bem recebido por um nicho que era deixado de lado no jornalismo de jogos digitais. Isso é uma boa notícia para a imprensa, castigada pelo recente processo de demissão em massa de quase 200 jornalistas no jornal O Estado de S.Paulo e outros rumores de problemas em grupos grandes de comunicação, como a Bandeirantes e a Folha de S.Paulo.
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“O blog é pra lembrar que corpos das mulheres não são apenas enfeite”, diz criadora anônima do Tumblr gamer feminista
O Tumblr “O Controle é Meu” questiona a objetificação das mulheres que são gamers dentro do setor de jogos digitais brasileiro. As colaboradoras protestaram colocando controles no meio de seus seios, em decotes e nos locais de seus corpos que elas mesmas decidiram. Para entender um pouco melhor a ideia da campanha, Geração Gamer entrou em contato com a criadora do blog. Ela concordou em nos conceder uma entrevista sob anonimato. A reportagem decidiu proteger a fonte de ataques machistas, uma regra válida dentro do bom jornalismo, e reproduzimos as respostas a seguir.
Feministas fazem mobilização gamer no tumblr “O Controle é Meu”
Gamers feministas iniciaram neste mês o tumblr “O Controle é Meu”. O site conta com apoio de personalidades da cena nacional de jogos, como Carolina Porfirio da desenvolvedora Kuupu e da campanha “Fight Like a Girl”. Em protesto contra a objetificação das mulheres e o machismo dos homens no espaço dos videogames, as meninas protestam colocando controles, teclados e consoles em seus decotes, no meio dos seios.
Campanha brasileira “lute como uma garota” vira camiseta e ganha mais personagens de games
Carolina “Kaol” Porfírio (28) anunciou no último domingo (22) que sua campanha feminista “lute como uma garota” (fight like a girl) agora será série de camisetas em parceria com a loja Toda Frida. As roupas custam entre R$ 45 e R$ 52 e podem ser adquiridas na internet. A autora, que já conquistou mais de 4,5 mil likes no Facebook, aproveitou para lançar mais ilustrações voltadas ao público de videogames, além de abordar quadrinhos, cinema e cultura pop.
Só 10% das desenvolvedoras de games no Brasil são mulheres, diz Labindie
Desenvolvida originalmente como um TCC no curso de Animação Digital da Universidade da Região de Joinville (Univille), em 2012, a incubadora Labindie divulgou hoje sua pesquisa sobre a cena brasileira de jogos digitais no Brasil. O levantamento deles aponta que só 10% das desenvolvedoras de games no Brasil são mulheres, mesmo com games que estimulam protagonistas femininas como Toren.




