Lançamento de julho de 2015, Odallus: The Dark Call é um excelente sucessor do distópico e futurista Oniken (2012). No entanto, saindo deste enredo, o novo título da empresa amazonense JoyMasher é no período medieval. Você controla o guerreiro Haggis que encara monstruosidades que surgiram em sua vila graças a um lorde das trevas. Numa história tipo dark fantasy deve-se guiar o herói para resgatar o seu filho e descobrir o que aconteceu.
Metroid e Castlevania. Metroidvania
Embora tenha gráficos baseados no primeiro Nintendo de 1985, com 8 bits, Odallus é sofisticado e possui cenários com segredos, passagens secretas e muitos inimigos. O visual retrô não impediu o casal Danilo Dias e Thais Weiller colocassem zumbis, inimigos tomados pelo demônio e alvos sombrios para deixar o título brasileiro tão difícil quando Super Metroid, Castlevania ou Mega Man. Diferente de Oniken, a JoyMasher utilizou a paleta de cores original do NES, além de efeitos parallax do Mega Drive – único recurso do concorrente da Nintendo utilizado na composição gráfica. Essa fidelidade com jogos antigos em um game 2D rápido e difícil rendeu uma carta de amor aos fãs do Nintendinho, escrita pelo Danilo.
As semelhanças com Castlevania não se limitam aos gráficos ou à atmosfera medieval. Odallus também possui caminhos alternativos dentro das fases, itens escondidos e plataformas que você só consegue atingir depois de conquistar determinadas habilidades. Então, o recomendável é que você passe várias vezes pela mesma fase para coletar orbs, itens especiais, corações e melhorias em seus equipamentos. É possível matar os mesmos monstros várias vezes para conseguir conquistar seus objetivos.
Ao jogar Odallus, percebi que sou um péssimo gamer de títulos em 2D retrô. O nível dos monstros é desafiador e a dificuldade remete mesmo a Mega Man, que exige um bom reflexo. No entanto, a trilha sonora composta por Tiago Santos (Serenati) com efeitos sonoros de Thiago Adamo (PXLDJ) tornam a experiência frenética e imersiva. Você não sente vontade de abandonar o jogo mesmo com os desafios na tela.
Chefões que exigem que você saiba controlar seu personagem
Já entendeu como funcionam os inimigos das fases? Quando isso acontece, você mata eles rapidamente ou passa tomando dano sem muitos problemas. Com isso, o grande desafio que surge são os chefes.
A forma supostamente mais fácil de parar qualquer chefe seria dar algumas boas espadadas nele. No entanto, nem todos os inimigos deixam que você se aproxime muito. Então é necessário atirar machadinhas, tochas de fogo e outras armas de arremesso. Lembre-se sempre também de conquistar corações suficientes para suportar a luta por inteiro. A tela de Game Over vai ser frequente enquanto você não entender como derrotar cada chefão.
Há, infelizmente, alguns bugs
Tivemos alguns pequenos problemas jogando Odallus. Algumas vezes o comando de controle do personagem travou e ele começou a correr rumo ao abismo ou em direção aos inimigos. Este bug forçou um fechamento do game para que tudo voltasse ao normal.
A única forma que resolvi este bug sem fechar o programa foi justamente quando Haggis correu em direção a uma parede. Forcei o comando ao contrário e tudo voltou ao normal.
Mesmo com estes probleminhas, a sensação final da aventura é que ela é agradável e te convida para novas visitas, especialmente se você estiver com um protagonista mais forte e bem equipado.
O que se pode concluir?
Odallus parece um jogo fortemente recomendável para quem viveu os anos 80 e 90 dos videogames e quer reviver clássicos 2D em uma nova roupagem. No entanto, outro aspecto que cativa no game é justamente mostrar para as novas gerações como um título com menos recursos gráficos consegue ser igualmente desafiante. É um jogo que, para fãs do gênero de plataforma, possui um funcionamento redondo, com mecânicas que se casam na hora da ação.
Notas
– Gráficos: 9
– Jogabilidade: 9
– Som: 9
– Replay: 9,5
– Nota final: 9,12
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