A desenvolvedora de jogos Carolina Porfírio, da Kuupu de Porto Alegre, divulgou uma imagem cobrando respeito pelas mulheres que jogam online. Neste ano, graças ao GamerGate e aos abusos que as pessoas do sexo feminino sofrem em todos os momentos nos games digitais, o feminismo se tornou uma das pautas centrais e que mais provocaram discussões.
Gamers conservadores rejeitam, em geral, a criação de jogos feministas ou de títulos tradicionais com um foco para mulheres maior. Meu texto esboçando uma possibilidade de um GTA feminista provocou a torcida de nariz de muitos desenvolvedores. Veja bem, eu não cravei que os games devem ter um viés igualitário, mas apenas esbocei uma chance disso acontecer.
O fato é que o assunto incomoda porque é um aspecto pouco abordado nos jogos digitais e que precisa ser massificado de maneira mais efetiva. As mulheres precisam se sentir representadas nos videogames, sem serem tratadas como objeto, personagem secundário ou um skin alternativo ao homem.
Criar jogos com representatividade feminina diferenciada pode ser uma chance para o Brasil criar títulos originais.
Vivemos numa sociedade machista, conservadora e, muitas vezes, retrógrada em valores. No entanto, a partir do momento em que a indústria amplificar seu olhar sobre os indies, poderemos ver que pautas democráticas são uma possibilidade de ser original neste meio.
O feminismo pode nos tornar originais dentro dos jogos? Talvez, especialmente no mercado brasileiro.
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