Humoristas de internet desde 1995, há quase duas décadas, os irmãos Piologo, donos do site Mundo Canibal, lançarão Apocalipse – O Pior Game do Mundo no mês de novembro. O jogo brasileiro para PC, criado pela desenvolvedora Hoplon de Florianópolis, está em pré-venda no site oficial por R$ 19,90. Para entender melhor um game em que você precisa destruir “políticos, otakus, funkeiros e marombeiros” com os personagens Pastor Metralhadora, Tomelirolla e Bobby Psicótico, o site Geração Gamer resolveu entrevistar Ricardo Piologo. Confira.

Como surgiu a ideia de criar um game só de vocês?

Adoramos games e fazer um jogo com nossos personagens sempre foi um sonho, mas o problema era achar uma empresa que abraçasse a causa. Já fizemos várias tentativas com joguinhos menores, porem nada que realmente merecesse destaque. Quando a Hoplon nos procurou e vimos o potencial da empresa, pensamos: Acho que agora sim vamos ter o que sempre quisemos. O resto foi fácil, pois o pessoal de lá estudou realmente tudo o que já fizemos e aplicou no game de uma forma que nem nós mesmo faríamos igual. pra mim, o resultado está fantástico!

O que foi mais legal de fazer para o jogo?

O mais legal na verdade foi ver nossas criações e personagens na mão de outros artistas extremamente talentosos. Eles captaram totalmente nosso estilo e também aplicaram o seu. Nós pirávamos com o que o pessoal criava no estúdio.

Vocês já tinham passado pela experiência de fazer um game, então? Não sabia disso.

Sim! Mas foram coisas pequenas, para celular. Eram joguinhos em flash legais, mas sabíamos que não estava nem perto do potencial de algo feito com mais seriedade. Agora, sim, estamos muito felizes e orgulhosos com o que temos em mãos.

Quais jogos vocês mais curtem? Quais consoles? Desde quando vocês gostam de videogame?

Jogamos videogame desde a época do Atari e com isso tivemos praticamente todos já lançados. A cada novidade no mercado, vendíamos o anterior e comprávamos o novo.
Hoje temos o Xbox One e o PlayStation 4. Quem detona neles é o Rodrigo Piologo, que curte praticamente todos os tipos de jogos, tirando de esportes e dança.
Já eu, com o tempo, fui me afastando dos consoles e hoje fico só em tablets por ser algo que posso fazer em qualquer lugar.
Meu estilo principal de jogo são puzzles.

Assisti o vídeo de vocês criticando os YouTubbers expulsos na BGS 2014. O que faltam para os profissionais que fazem vídeos no Brasil?

Aquele vídeo foi mais para mostrar que falta humildade. Achamos que tem espaço para todos na internet, mas realmente só vai para frente quem leva a coisa mais a sério.
Essa molecada, por ser muito imatura, acaba se perdendo e achando que todos devem a eles. Eles merecem talvez um puxão de orelha, que foi o nosso vídeo. E isso pode ser bom para os YouTubbers. Nunca quisemos dizer que somos melhores que ninguém e claro que nem todos concordaram conosco. O legal foi que todas as grandes marcas nos chamaram para nos dar os parabéns em dizer o que elas não podem. Por isso, acho que acabamos fazendo algo legal.

Qual é o futuro dos videogames na opinião de vocês?

Vixe! O pessoal inventa cada coisa que é complicado,. Mas nós achamos que os novos óculos virtuais como o Rifit podem ser a próxima sensação. Finalmente eles realmente te colocam para dentro do jogo e vão abrir novas e inimagináveis maneiras de enxergarmos os games. Os indies também vieram para ficar e mudar as coisas, pois a liberdade de quem os produz é o que faz com que jogos realmente novos e diferentes apareçam com mais frequência.

Para fechar: Um dos vídeos que eu mais gosto do Mundo Canibal é um gameplay de Street Fighter IV com o “hadouken do Ryu”. Podemos esperar uma maluquice dessas neste novo jogo?

O jogo tem de tudo, até uma fase em eventos de anime onde o vídeogame também é um atrativo. Então, um Skin do Ryu ou coisa do tipo pode rolar sim. Na verdade, essa é uma ótima ideia no jogo (risos).

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