2015 foi um grande ano para os jogos brasileiros, mesmo com crise econômica e recessão de 3% do PIB nacional sob o primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O dólar bate R$ 4, mas a cena brasileira de jogos eletrônicos ainda cresce 10% ao ano. Este período que se avizinha tem menos games no catálogo. Mas há um título que pode ser destaque logo no primeiro mês: A Lenda do Herói.
Pensado entre os meses de julho e setembro de 2014, o jogo dos vlogueiros Castro Brothers arrecadou R$ 258 mil e se desenvolveu como um título de plataforma medieval. Dotado de simplicidade, o game é um espaço em que Marcos e Matheus manifestam sua arte e sua atuação frente às câmeras, nos sons e na composição do produto como um geral.
O sucesso de arrecadação e a viabilidade comercial marca mais um episódio de alinhamento entre webcelebridades brasileiras, que acumulam centenas de seguidores no Facebook e no Twitter, e os desenvolvedores de videogames nacionais, que precisam de projeção. A soma dos fatores mostra um caminho para lançar e ampliar projetos de estúdios.
Num mundo com uma vlogueira como Kéfera Buchmann, com mais de sete milhões de assinantes na internet brasileira e transformada em um case internacional de sucesso do YouTube, o alinhamento entre os criadores de jogos e os produtores audiovisuais será cada vez mais constante. Eles atraem uma audiência fidelizada e muitas vezes mais atuante do que leitores de jornais, revistas e até espectadores da TV.
Se 2015 iniciou-se com expectativas altas com Chroma Squad, Toren e, depois, Horizon Chase, o ano que vem temos menos o que esperar imediatamente. No entanto, a Lenda do Herói mostra que o mercado de jogos digitais no Brasil deve se manter aquecido.
A dúvida que fica é: Será tão original quanto a safra deste ano?
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