A Life Up, startup de Pernambuco, foi a ganhadora na categoria Games do Prêmio Brasil Criativo, que reconhece ações de economia criativa no país e conta com apoio do Ministério da Cultura. A equipe foi premiada pelo jogo Can Game, que através de celulares, tablets e até Kinect, acompanha crianças e jovens autistas, além de ajudar pais e terapeutas a ajudá-las no processo. Com as honrarias, a Life Up também recebe um prêmio em dinheiro, 40 horas de capacitação e o reconhecimento do MinC.

O Can Game é uma aplicação para aparelhos móveis e Kinect que, através de exercícios descomplicados de enfoque social, matemático e terapeutico, é capaz de analisar o comportamento do paciente e transmitir os resultados para o especialista, que pode a partir daí realizar diagnósticos mais precisos. O projeto, que nasceu de um mestrado em engenharia de software no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife e está em desenvolvimento desde 2011, também foi duas vezes campeão na categoria Inovação da Imagine Cup – premiação realizada pela Microsoft – em 2013 e 2014, e finalista da Intel ISEF no ano passado.

A cerimônia de premiação do Prêmio Brasil Criativo aconteceu ontem (3) no Auditório do Ibirapuera em São Paulo, e contou com a presença de Marcos Carvalho, secretário da Economia Criativa do Ministério da Cultura (SEC/MinC), Luiz Eduardo Serafim, diretor de Marketing da 3M do Brasil, Débora Mazzei, analista técnica do Sebrae e Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.

O Can Game foi uma das 22 iniciativas selecionadas pela organização, divididas em modalidades diversas, que vão da Culinária ao Artesanato e até Arte Digital. Por sinal, videogames marcaram presença duas vezes na noite: o Museu do Videogame Intinerante foi o premiado da categoria Museus. Organizado pelo jornalista e curador Cleidson Lima e contando com 200 consoles que englobam 42 anos de história, a exposição foi mapeada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Museus e deve passar por Fortaleza, Belém, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador em 2015.

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