Os pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas (CITI) da Universidade de São Paulo (USP) criaram um projeto chamado Spheree, divulgado em agosto de 2014. A plataforma trata-se de uma tela esférica, de multiprojeção com correção de perspectiva, para visualização e edição de conteúdo em 3D. A plataforma oferece interação gestual que permite ao usuário movimentar ou rotacionar objetos, além de manipulá-los utilizando ferramentas, o que pode ser útil para novos games em três dimensões.

Além dos jogos digitais, os pesquisadores enxergam utilidade do Spheree em design, parques de diversões, mecânica, medicina, entre outras áreas. O aparelho é feito de acrílico translúcido com tratamento óptico que produz o efeito de percepção em profundidade. Sua resolução é de retina, compatível com a resolução do olhar humano.

Os usuários interagem com Spheree de duas formas, utilizando dispositivos de handtrack, como caneta stylus, que permite apontar e selecionar, adequado para programas de esculpir, ou usando ambas as mãos com gestos para explorar o conteúdo 3D. Este último uso permite a manipulação da posição e do tamanho de objeto por meio de rotação, translação e escala.

O projeto envolveu pesquisadores da USP, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal do ABC (UFABC), além de pesquisadores da University of Saskatchewan (USASK), University of British Columbia (UBC). Entre os financiadores do Spheree estão a FAPESP, CNPq, NSERC e GRAND NCE.

O sistema também permite design colaborativo em programas desktop como o Blender, permitindo que edições que podem ser espelhadas entre o computador convencional e a esfera. Com esse sistema de realidade virtual, é possível que os usuários caminhem ao redor do objeto que está sendo explorado, para entender melhor sua geometria e suas propriedades físicas. Isso permite uma experiência de criação como as esculturas da vida real.

Confira um vídeo de exibição do aparelho.

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